quinta-feira, 9 de junho de 2022

Ter um veículo elétrico é o sonho de consumo de muita gente, porém...

 

Ter um veículo elétrico é o sonho de consumo de muita gente - seja por querer contribuir com a redução da emissão de gases poluentes (sem perder a capacidade individual de locomoção), seja para economizar com combustível, que não está fácil. 

A demanda tem sido tão grande por esses veículos que, em 2021, foram vendidas 6,6 milhões de unidades – o dobro do ano anterior. E no primeiro trimestre de 2022, foram comercializados mais de 2 milhões. Ou seja, o mercado está aquecido para esse negócio, mas a oferta continua na corda bamba por conta da escassez de matéria-prima, principalmente para as baterias. Como vão ser os próximos anos?

Sexta marcha engatada

A tendência, é claro, é de alta. No ano passado, a expectativa era que seriam vendidos 14 milhões de carros elétricos no ano de 2025. Porém, agora esse número já saltou para 20,6 milhões. O principal motivo é a China: o país concentrou metade das vendas, em 2021, e deve continuar impulsionando o mercado internacional. 

Vale destacar, porém, que ainda estamos engatinhando para substituir toda a frota global de veículos a combustão, estimada em 1,4 bilhão. A rápida aceitação dos novos modelos é uma luz no fim do túnel para que essa mudança ganhe volume nos próximos anos. 

Até 2025, a expectativa é que 77 milhões de carros elétricos já estejam em circulação no mundo. Caso isso se concretize, serão 2,5 milhões de barris de petróleo por dia que deixarão de ser utilizados – atualmente, são 1,5 milhão a menos.

Bença da Mãe Natureza

Para o meio ambiente, a mudança de veículos a combustão para elétricos é uma questão crucial. Afinal, existe a ideia de atingirmos a neutralidade de carbono no transporte rodoviário até 2050, mas isso parece cada vez mais distante. Ainda é possível, claro, mas necessita de apoio de governos, montadoras e fornecedores de peças. 

O relatório anual Long-Term Electric Vehicle Outlook, recém-divulgado pela BloombergNEF, descreve dois cenários: um no qual nenhuma nova política é publicada para acelerar a expansão elétrica, e outro que mostra que a economia será o fator decisivo para a eletrificação. 

Hoje em dia, os especialistas apontam que o consumo de petróleo deve atingir seu pico em 2027, caindo gradativamente com a chegada de novos veículos elétricos que não sejam apenas carros de passeio – caminhões e ônibus, por exemplo.

Teste de paciência

Mas um mercado tão aquecido leva a outro problema: a incapacidade de acompanhar o ritmo dos compradores. O tempo de espera do consumidor pode ser superior a 6 meses! A falta de semicondutores e de materiais para as baterias, como o lítio, tem feito muita gente aguardar na fila por seu tão sonhado carro elétrico. 

No caso da Tesla, alguns modelos podem chegar apenas no ano que vem, com a lista de reservas só aumentando. Já a van E-Transit, da Ford, esgotou antes mesmo de começar a ser fabricada! Esse cenário pode atrapalhar o avanço elétrico, ainda mais quando os governos começarem a se mexer. A Noruega e o Reino Unido, por exemplo, vão proibir a venda de veículos a combustão em 2025 e 2030, respectivamente. 

Ou seja, a demanda vai aumentar consideravelmente em pouquíssimo tempo. Do jeito que a humanidade é, vamos empurrar o problema com a barriga e ver lá na frente como resolver.



The Brief

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